A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira uma operação contra desmatamento no Pará, nos municípios de Brasil Novo, Medicilândia e Uruará. Estão sendo cumpridos 28 mandados de busca e apreensão, sete mandados de afastamento do emprego ou função pública, quatro de suspensão de atividade, sete de sequestro de bens e 14 mandados de medidas cautelares diversas da prisão. A operação foi batizada de Carranca.
A investigação começou quatro anos atrás, no primeiro semestre de 2016, com base em denúncias. Foram identificados grupos que atuavam em todas as etapas do desmatamento ilegal: extração, serragem, falsificação de documentos, fiscalização, transporte e compra da madeira ilegal.
Os grupos foram divididos em 4 núcleos. O primeiro é formado por madeireiros de que atuam no corte, o segundo de madeireiros de grande poder econômico e que financiam o desmatamento e a distribuição, por meio de créditos florestais irregulares e falsificação de documentos. Outro núcleo é de servidores públicos das Secretarias municipais de Meio Ambiente, advogados, engenheiros florestais e outros, que favorecem o crime ou participam dele diretamente. O quatro núcleo é de policiais rodoviários que recebiam propina para permitir a circulação da madeira ilegal ou informar sobre possíveis fiscalizações.