A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (21) quatro mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão em uma investigação que analisa um suposto “caixa dois” na campanha de José Serra (PSDB/SP) para o Senado em 2014.
As ações ocorrem em quatro cidades brasileiras, São Paulo, Brasília, Itu e Itatiba, e miram também o gabinete e o apartamento funcional de Serra na capital federal e em dois imóveis dele em São Paulo.
Entre os detidos, está o empresário José Seripieri Júnior, fundador do grupo Qualicorp, que administra planos de saúde. Segundo a investigação, o empresário determinou pagamentos na casa dos R$ 4 milhões ao então candidato. Os outros alvos do pedido de prisão temporária são Arthur Azevedo Filho, Rosa Maria Garcia e Mino Mattos Mazzamati.
A operação foi chamada de “Paralelo 23” e forma uma nova fase da Lava Jato no âmbito de crimes eleitorais. Há duas semanas, Serra e sua filha Verônica Allende Serra foram denunciados em outra operação da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo por crime de lavagem de dinheiro.
Essa investigação apura um pagamento da Odebrecht, de cerca de R$ 4,5 milhões entre 2006 e 2007, supostamente para ser usado durante a campanha do tucano ao governo paulista.