“A vacina estará disponível para produção a partir de outubro. Temos previsão inicial de 60 milhões de doses que serão aplicadas apenas quando comprovada a eficácia do medicamento”, disse o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, em entrevista a CNN, nesta segunda-feira (3).
O início da produção da vacina que está sendo desenvolvida pelo órgão brasileiro em parceria com o laboratório chinês Sinovac, vai depender de resultados positivos na fase 3 de testes para estar disponível para aplicação em humanos.
“A vacina já mostrou nas fases anteriores, com quase mil voluntários, uma efetividade em torno de 90%, além de ter se mostrado segura. Agora estamos na fase de testes de campo, onde é testada de fato na população.”
Covas explica que a vacina está sendo desenvolvida com uma técnica dominada pelo Instituto Butantan, o que irá facilitar sua produção no Brasil e com oportunidade de exportá-la para países vizinhos.
Apesar da animação com o medicamento, o diretor do Butatan diz que o Instituto ainda busca entender a amplitude da eficácia do medicamento, para saber se serão necessários uma ou mais doses por pessoas para atingir a imunização ideal.
“Vacinas são medidas preventivas, não curativas. Os estudos clínicos tentam descobrir se iremos precisar de uma ou duas doses para cada pessoa, além de quanto tempo irá durar a imunização.”