Militares do governo de Jair Bolsonaro começam a olhar com ressalvas a possibilidade de a tecnologia 5G no Brasil ser entregue à China.
As conversas em curso apontam que o Brasil precisa estar atento aos sinais que o mundo ocidental começa a dar aos chineses. Bem como a recente decisão do Reino Unido de barrar a empresa chinesa Huawei no país.
O governo começa a observar também com atenção o movimento da Alemanha. Esta, portanto, ameaça tomar a mesma decisão. Dessa forma, o receio é de o Brasil ficar isolado na posição que vinha defendendo nos bastidores antes da pandemia. Sobretudo uma decisão estritamente técnica e sem observar o xadrez geopolítico mundial.
A pandemia, porém, vem mudando esse cenário. Militares avaliam também que a postura da China no coronavírus ampliou suspeitas sobre a confiança no país. Além disso, começam a defender um posicionamento semelhante ao que o Itamaraty já defende internamente. Por exemplo, trata-se de impor restrições à tecnologia chinesa do 5G como uma medida de segurança nacional.
Segundo fontes do governo, é preciso aguardar como os países vão se posicionar daqui em diante e deixar a decisão para o final de 2021.
Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro avaliam que o país não precisa ter pressa nessa decisão e que também é necessário aguardar uma recuperação econômica e uma melhor saúde financeira do setor privado, em especial das operadoras de telefonia que irão operar o 5G no país.
Militares estão observando de perto a presença chinesa na América do Sul e temem que o país passe a dominar essa parte do continente.
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