Auxílio emergencial pode ser mantido até o fim do ano. Nessa semana, representantes do governo federal anunciaram que a equipe econômica está estudando a possibilidade de prorrogar o pagamento do corona voucher mediante a permanência da pandemia do novo coronavírus. A decisão ainda precisará ser avaliada pelo Congresso, mas prevê uma redução de R$ 400 nas parcelas, sendo ofertados apenas R$ 200 por cidadão.
A prorrogação do auxílio emergencial vem sendo pauta desde o mês de junho, quando foi finalizada a primeira rodada de pagamentos do auxílio.
De acordo com o seu texto original, validado ainda no mês de abril,o benefício seria ofertado por um período de três meses, no valor de R$ 600, como forma de conter os impactos econômicos da pandemia.
Entretanto, em junho uma nova renegociação começou a ser feita, com a finalidade de estender o projeto. De acordo com os defensores, tratava-se de uma decisão responsável por tirar mais de 50 milhões de brasileiros da fome e da miséria.
Após uma série de debates e discussões, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da economia Paulo Guedes validaram a ampliação, criando então mais duas parcelas de R$ 600.
De acordo com o cronograma previsto, o projeto seria finalizado até o mês de outubro.Porém, caso a nova prorrogação seja aprovada, ele deverá permanecer até dezembro, fim do período de calamidade pública motivado pelo novo coronavírus.
Resistência de Bolsonaro sobre novas parcelas do auxílio emergencial
Ainda de acordo com fontes internas do governo, ao ser informado sobre a possibilidade de manter o auxílio emergencial, Bolsonaro teria se posicionado contra. De acordo com ele, a União não obtém recursos o suficiente para custear novas parcelas de R$ 600 que resultariam em uma despesa de aproximadamente R$ 50 bilhões.
Em conversa com Guedes, o chefe de estado avalia a prorrogação do benefício, mas com um valor máximo de R$ 200 por parcela. Atual quantia paga ao Bolsa Família.
No entanto, para que esse reajuste de R$ 400 aconteça, será preciso que o Congresso Nacional apoie a decisão.
É válido ressaltar que, o presidente da casa, Rodrigo Maia, se mostra totalmente a favor da permanência do auxílio emergencial e já deixou claro, em inúmeras entrevistas, que manter o pagamento de R$ 600 é uma obrigação do governo.
Bolsonaro e Guedes, ainda em junho, passaram por confrontos políticos tendo em vista a discordância para com o projeto. Desse modo, acredita-se que o presidente da república encontrará uma certa dificuldade na aceitação de sua proposta.
Benefício como estratégia de campanha
Segundo integrantes de Brasília, um dos principais motivos pelos quais Bolsonaro está atento ao desfecho do auxílio emergencial diz respeito as possibilidades de ganhar voto.
Por ser destinado aos brasileiros de baixa renda, o valor representa “dinheiro vivo” em seus bolsos, o que significaria um ganho de pontos de sua gestão para com esse grupo.